quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Do Jaburu para o Bandeirantes?

Michel Temer (PMDB) anda observando, de maneira muito reservada, o movimento das peças no tabuleiro para 2014. Há quem diga que não lhe desagrada a ideia de concorrer ao Governo de São Paulo numa chapa em que Lula fosse o candidato ao Senado. Para fechar o acordão, o PMDB exigiria ainda um número razoável de Ministérios e cargos no segundo e terceiro escalões, além de composições favoráveis em vários Estados. Se o PT concordasse, Temer entregaria, sem choro, a vice no palanque de Dilma ao PSB de Eduardo Campos.

Quebra-cabeça

Com a saúde debilitada, o deputado federal Sérgio Guerra pensa em deixar a presidência do PSDB nacional o quanto antes. Mas não quer fazer isso sem um acordo que antecipe ao máximo as eleições para a executiva do partido, previstas para maio do ano que vem. Sair antes do término do mandato seria entregar o comando do tucanato ao vice-presidente da legenda, Alberto Goldman, aliado de José Serra, de quem foi vice-governador. A volta do serrismo à cena traria sérios obstáculos à construção da candidatura presidencial de Aécio Neves, estranho no ninho para a tucanada paulista.

Onde as onças bebem água


A nata do poder elegeu a filial brasiliense do restaurante paulistano A Bela Sintra, na quadra 105 da Asa Sul, como novo ponto de encontro. O lugar parece um bunker dourado, todo fechado, longe de olhos curiosos, próprio para o trato de assuntos republicanos. E de não republicanos. De terças a quintas-feiras, é possível contar ali, em hora de almoço, de quatro a cinco ministros. Paulo Bernardo, das Comunicações; Aloizio Mercadante, da Educação; e Paulo Sérgio Passos, dos Transportes, estão entre os mais apreciadores da comida e do vinho portugueses. Entre os pratos principais da casa, há lula na grelha, coisa indigesta pra petistas.

Pé no freio

A imprensa internacional repercute, intensamente, a opinião de analistas de que o Brasil está entrando numa fase de estagnação do crescimento. Há quem comece a apostar boas fichas em novas estrelas, como o México, cuja economia pode superar a brasileira já em 2020.

Nossa História

O Governo do Estado poderia muito bem começar a organizar as comemorações pelos 200 anos dos movimentos revolucionários de Pernambuco. A Guerra dos Mascates (1709-1711) e o primeiro grito da República, dado por Bernardo Vieira de Mello em 1711, passaram praticamente em branco no ano passado. O bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817 está em cima: 2017. Não é nada, não é nada, restam apenas quatro anos para um processo de resgate de eventos tão marcantes na História do Estado e do Brasil.

Chavez à pernambucana


Para quem sonha em ser Presidente da República, Eduardo Campos fica em saia justa quando concorda que a lei seja usada e abusada para acomodar para acomodar interesses políticos pessoais. É o caso da re-re-reeleição de Guilherme Uchôa para a presidência da Assembleia Legislativa, havida com as bênçãos do Palácio das Princesas. Coisa de Venezuela.